Professora do Colégio Sagrada Família faz saudação nazista para alunos
Neste sábado (8), a professora de redação do Colégio Sagrada Família de Ponte Grossa (PR) foi filmada pelos alunos enquanto fazia uma saudação nazista. A mulher identificada como Josete, usava broches com frases e fotos do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), em fotos tiradas pelos alunos.
Colégio Sagrada Família afirma ter punido a professora bolsonarista que fez saudação nazista para alunos em escola do Paraná, mas se nega a informar qual punição foi tomada! pic.twitter.com/4hs4V3Ng2P
— POPTime (@siteptbr) October 10, 2022
A direção da escola comentou que a professora trabalha no local há dez anos e nunca havia causado problemas. A revista Forúm entrevistou Irmã Edites, a diretora da escola, que afirmou que essa não é uma atitude que a escola apoia. No entanto, a escola se nega a dizer qual punição foi aplicada à Josete.
“Eu soube desse fato ontem e tomei as medidas internamente. Não é a nossa metodologia e nem o nosso jeito de ser. Nós sempre procuramos ficar neutros e é esta a orientação que a escola passa aos alunos, pais e professores. A posição da escola é totalmente contrária ao que aconteceu.”, disse Irmã Edites.
“Com certeza foi um ato de imprudência da professora e a escola já tomou as primeiras medidas internas com ela dentro do que diz o nosso regimento”, concluiu.
De acordo com a Lei 7.716 de 1989, a apologia ao nazismo é crime. A lei está na constituição brasileira. No artigo 20, temos as seguintes afirmações:
- Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa – ou reclusão de dois a cinco anos e multa se o crime foi cometido em publicações ou meios de comunicação social.
- Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
“Para o mal florescer, só requer bons homens para não fazer nada.” Simon Wiesenthal (1908-2005)