O cansaço acelerado na Pandemia
Por Luis Cesar
Estudante de Jornalismo
Desemprego, achincalhamento da política nacional, mortes aos milhares diariamente na pandemia…. O Brasileiro está cansado.
Enquanto me distraio com o celular, tento buscar inspiração pra desenvolver esse texto. Uma boa imagem que ilustra o sentimentos, as palavras certas. Sim. Este que vos escreve traduz o sentimento de fadiga.
Alguns chamam de síndrome de Burnout, outros de esgotamento depois de mais um ano de isolamento social imposto pelo novo coronavírus. A nomenclatura, as razões para esse esgotamento físico e mental são variadas. Aliás, eu poderia estar escrevendo esse texto há 1 ano atrás, com a primeira onda desvastando a Europa, a China começando a tentar controlar e o Brasil nos primeiros meses de batalha contra uma doença que já levou a vida de mais de 450 mil brasileiros, isso pelo que se sabe. O buraco, segundo a OMS, pode ser bem mais embaixo)
Junte isso às necessidades de seguir as recomendações médicas a de continuar trabalhando(já que as contas não param), o cuidado aos filhos(Aos que tem), os embates provocados pelo excesso de convívio, o temor da doença, o pesar da perda de um familiar, um amigo. 1 problema transforma-se em milhares.
Não, nos enganemos, o nosso ritmo de vida pré pandemia já era deveras desgastante. 24 horas não eram suficientes: Correria, cuidado com a família. Os tempos antes da peste, cada vez mais uma memória perdida, era sôfrego à sua maneira. Hoje, ao invés de trabalharmos presencialmente, nos foi apresentado o famoso Home-Office, que parece ter aumentado nosso ritmo de trabalho e o stress porque muitos têm de dividir a atenção às telas com os filhos e os afazeres domésticos.
A saúde mental é algo que se provou muito frágil durante a pandemia. Causada pelo desemprego, aflição com as contas, temor da pandemia.
Com as recentes notícias do atraso de vacinas, os precedentes problemas de desemprego e violência e o desgaste contínuo da figura política pelos atuais mandatários do País, não temos bons exemplos numa escala hierárquica.
Resta à nós-e aí vai um conselho pessoal- ocupar a mente, estabelecer uma boa rotina fiel, praticar exércicios físicos, conversar com os amigos online , assistir séries e filmes construtivas e…
Se politizar. Acompanhar canais independentes como o The Intercept Brasil, o Nexo e a Agência Pública, pesquisar o passado político, assinar abaixo-assinados. Fazer o que for possível nesse momento tão limitado e inédito para a nossa geração.
Cuide-se. Viva pela honra dos muitos bons brasileiros que se foram nessa pandemia. O cansaço não sumirá num passe de mágica, mas pode ser amenizado. Entenda-o e enfrente-o.