Anderson Reis, rei de bateria da União do Parque Acari, faz aula de tamborim

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Foto: Assessoria

Com as recentes divulgações dos enredos das escolas de samba, o Carnaval 2024 vem tomando forma. Para não deixar para última hora e fazer bonito se destacando à frente da Bateria Fora de Série, da União do Parque Acari, o futuro rei, Anderson Reis, deu início às aulas de tamborim, instrumento de percussão muito usado nas agremiações e blocos de carnaval.

Ainda sem data marcada para a sua coroação, o carioca tem mantido uma rotina pesada na academia, e uma alimentação regrada, com o objetivo de manter o corpo nos trinques e brilhar na Sapucaí. Além de um dia a dia corrido, Reis ainda tem encontrado tempo para as aulas de tamborim com o professor Alexandre Lima.

“Para representar como rei de bateria, no mínimo tem que ter conhecimento de algum instrumento e não só sambar. Escolhi o tamborim por achar o som lindo, ainda mais em conjunto com os outros instrumentos. Além disso, também é pequeno e não irá me atrapalhar na evolução do samba no pé”, revelou Reis entusiasmado e ansioso para o próximo carnaval.

O carioca da zona norte do Rio, iniciou cedo no mundo do samba e vem trilhando uma linda trajetória. Com mais de 40 anos de conhecimento neste universo, Anderson deu os primeiros passos na ala das crianças, da verde e rosa do Complexo do Lins, além de fazer parte da ala de passista de algumas agremiações, como Vila Isabel e Unidos da Tijuca. Desfilou também como muso e destaque, e no carnaval passado ocupou o posto de rei da escola Lins Imperial.

Anderson ocupa hoje um posto predominante feminino, mas que, apesar de ser tendência na atualidade, não é uma novidade. Para se ter uma ideia, o primeiro registro de rei de bateria foi do coreógrafo Zé Reinaldo, pela Grande Rio em 1994, porém, não se tornou algo frequente. A própria escola de Duque de Caxias veio repetir o feito apenas em 2015, colocando o promoter David Brazil à frente de sua bateria.

Com o passar dos anos, os homens foram ganhando mais espaços dentro das agremiações, e passaram a ocupar o posto que sempre foi tão cobiçado por atrizes, modelos e celebridades. “Diferente do que muitos pensam, nós não queremos disputar o cargo com as mulheres e sim somar com a agremiação. Se tem rainha, por que não pode ter rei? Acredito que tenha espaço pra todo mundo”, finalizou Anderson.

 

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