Adultos são definitivamente muito estranhos – frase Pequeno Príncipe

0
Autor do Pequeno Príncipe foi considerado o maior escritor do século XX / Foto divulgação Pixabay

Autor do Pequeno Príncipe foi considerado o maior escritor do século XX / Foto divulgação Pixabay

Por Débora Damasceno 

  Com uma escrita simples,direta e sensível, Antoine deu voz a um dos personagens mais conhecido e amado da literatura francesa, Pequeno Príncipe. Quem nunca ouviu falar:  “Dedico esse livro a criança que ele foi um dia”, Antoine  de Saint-Exupéry foi considerado um grande escritor do século XX, pois conseguiu criar uma narrativa que alcança não só as crianças inclusive os adultos.

 

  Nascido na França em 1900, filho do Conde Jean e Marie Saint-Exupéry, em 1921 se tornou aviador nas Forças Armadas com reconhecimento pelo excelente trabalho. Já em 1929 lança sua primeira obra “Vôo noturno” e nos anos seguintes “Pequeno Príncipe” que se tornou mundialmente conhecido. Como jornalista ele retratava nos livros suas aventuras durante as  viagens, assim trazia a vivência de aviadores.

 

  Um dos personagens principais é o aviador que começa narrando sua decepção quando criança.  Ele ingenuamente desenhou uma cobra que engoliu um elefante, só que seus pais não identificaram, em vez disso falaram ser um chapéu. Aqui o autor já diferencia o olhar do adulto e de uma criança, a criatividade e o pragmatismo dos adultos. Desde então o aviador deixa essa história de pintura de lado e se torna um adulto sério para aqueles que assim enxergam o mundo, como cita raposa: “As pessoas grandes  pensam ocupar muito espaço”

 

Os primeiros rabisco do aviador que logo em sua infância foi desmotivado da carreira de pintor / foto divulgação google
Os primeiros rabisco do aviador que logo em sua infância foi desmotivado da carreira de pintor / foto divulgação google

 

 

  O Pequeno Príncipe é outro protagonista da história, ele aparece ao aviador quando esse se perde em um voo. Neste momento o Príncipe descreve sua história com uma rosa folgada que nasceu em seu planeta e que o pedia coisas diversas. Por isso decidiu partir e se aventurar em outros lugares chegando até terra. O Ápice da história são os aprendizados sobre amizade e cumplicidade  que o pequeno gera quando se depara com figuras ilustres durante sua viagem. 

 

Aviador, raposa e o pequeno príncipe adaptado para as telinhas / foto divulgação google
Aviador, raposa e o pequeno príncipe adaptado para as telinhas / foto divulgação google

 

 

“Os adultos são definitivamente estranhos”  essas é uma afirmativa constante do pequeno Príncipe ao se deparar com figuras ilustres em cada planeta. 

  •    O Rei vestido de púrpura que enxerga todos como seus súditos. Sua lição “é preciso exigir de cada um, apenas o que cada um pode dar”.        cap.:XI
  •   O segundo planeta era habitado pelo vaidoso que só ouvia elogios acreditando que todos eram seus admiradores . O Pequeno Príncipe o questiona “que importância tem isso para você?”.   cap.:  XI
  •   Já no terceiro planeta ele encontra o beberrão que bebia para esquecer a vergonha que tinha de beber.     cap.: XII
  • No quarto planeta um empresário que em 40 anos só havia sido interrompido de suas somas três vezes, incluindo o incômodo do  Príncipe. Ele afirmava ser um homem sério a cada frase que saía da boca.  Para ele, possuir as estrelas era algo que alguém sério tinha que fazer e como só ele teve essa ideia, todas as estrelas eram dele.

“E o Príncipe pergunta: Para que você quer ser tão rico? 

Empresário diz: para comprar mais estrelas”

  •  O quinto planeta era o menor que existia tanto que só cabia um  lampião e o acendedor que obedientemente seguia e respeitava o protocolo. Todos os dias ligava e apagava a luz, o grande problema era que o dia passou a ter um minuto e o protocolo não havia mudado. O acendedor  por ser obediente não rompia a regra e seguia num loop infinito de acender e apagar sequencialmente sem fazer nada para mudar a situação só fazendo o que às normas exigem.    cap.: XIV
  •  O Sexto Planeta era habitado pelo velho senhor geógrafo que descrevia as narrativas dos exploradores em um grande livro. Só que neste planeta não tinha nenhuma outra pessoa que fizesse esse papel, sendo assim o geógrafo não tinha informação alguma sobre seu planeta , mas honrosamente se identificava e assumia esse papel.
  • O Sétimo planeta é a terra um lugar grande, inteiramente pontudo e salgado segundo o Príncipe. Ali ele conhece uma serpente que diz ter poder suficiente para fazê-lo voltar para seu planeta. Também encontra um conjunto de rosas que são idênticas à rosa que está em seu planeta natal.

Na Busca por um novo amigo em meio ao deserto do Saara surge a raposa que se negou a ser amiga do pequeno, pois esse não a havia cativado. Segundo a raposa:“os amigos são aqueles com quem você cria laços”, “pessoas que você tem necessidade de ter por perto  da mesma forma elas por você” e“quando alguém se torna amigo ele cria o sentimento de que é o único no mundo para você e você para ele”

 

  Aqui vemos aquelas famosas e significativas frases que a Raposa traz: 

“A Gente só bem com coração. O Essencial é invisível aos olhos”    cap.: XXI

“Foi o tempo que perdi com minha rosa que a tornou tão importante ”

“Você é eternamente responsável por aquilo que cativou”

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *