Vermelho, branco e sangue azul: Um romance entre Estados Unidos e Inglaterra
Se você está buscando por uma boa indicação de leitura, você veio ao lugar certo. O queridinho do BookTok e do BookTwitter é uma boa pedida para aqueles que querem quebrar a ressaca literária com um romance que pode arrancar suspiros, risadas e até mesmo lágrimas.
Em “vermelho, branco e sangue azul” você conhece Alex Claremont-Diaz, um jovem extremamente apaixonado e engajado na política, e por acaso, sua mãe é a presidente dos Estados Unidos. A parte mais interessante é que o primeiro-filho da Casa-Branca é um homem latino, filho de uma mulher latina. Com a família vinda do Texas, a trama traz uma realidade em que os Estados Unidos abraçaram uma mulher latina, que acaba por se tornar a primeira “presidenta” do país. Ele ama o ambiente e a luta pelas minorias, por isso, sonha desde a adolescência em seguir a carreira de seus pais. Entre todas as coisas, ele também nutre uma rivalidade pouco saudável com o príncipe Henrique “Henry” de Gales. Essa antiga história vem desde as olímpiadas no Rio de Janeiro, quando Henry e Alex se conheceram.
A trama começa a caminhar quando Alex é obrigado a comparecer a um casamento real, do príncipe Phillip, irmão de Henry. Ele não se sente nem um pouco animado em marcar presença nesta obrigação, mas tudo acaba ficando mais animado quando ele e Henry se encontram. Alex é sempre muito ríspido e debochado, e entre um mal entendimento entre ambos, os dois caem em cima do bolo que custa 75 mil.
A trama tem muita representatividade, tratando de questões muito atuais e importantes, como a causa LGBTQIA+, abuso sexual, entre outras. O fato de que Henry é um homem gay, acabaria trazendo muitos escândalos para a monarquia inglesa, por isso, a rainha insiste que ele guarde essa “particularidade” somente para ele. Mas, quando o príncipe de Gales e o primeiro-filho dos Estados Unidos se apaixonam, nada parece impossível.
Entre e-mails acalorados e declarações de amor, Alex expressa o que sente em uma frase que muda toda a história para sempre:
“Pensar sobre história me fez questionar como vou entrar para ela algum dia, acho.
E você também.
Meio que queria que as pessoas ainda escrevessem desse jeito.
História, hein?
Aposto que poderíamos fazer.
Com carinho, seu, enlouquecendo lentamente, Alex, Primeiro-Filho do Sacrilégio contra os Pais Fundadores”
O livro mostra a importância de lutar pelo que acredita, e que mesmo a coisa mais aleatória do mundo é possível de se realizar. E que pessoas LGBTQIA+ não estão sozinhas. História, hein? Aposto que poderíamos fazer.