Uma vacina acima da média.
Em entrevista ao jornal ”RJ1”, da ”TV Globo”, no sábado (01/08), a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, afirmou confiar na eficiência da vacina contra a Covid-19 que está sendo criada pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa farmacêutica Astrazeneca. Ela disse que daria nota 9,5 à vacina, numa escala de 0 a 10.
”Dou 9,5 exatamente pelo rigor que nós temos que ter. E por que isso? Baseado num artigo científico e todo o acompanhamento científico que nós temos feito. Agora, a vacina tem que ser combinada a outras estratégias de saúde pública. É muito importante dizer isso. Há que continuar a pesquisa, há que ter uma boa estratégia de imunização e pra isso nós temos um Programa Nacional de Imunização”, afirmou Nísia Trindade.
Sexta-feira (31/07), foi assinada pela Fiocruz o termo oficial para a produção de 100 milhões de doses da vacina no Brasil. A fabricação, que começará em dezembro, ficará a cargo do Instituto Tecnológico de Vacinas (Bio-Manguinhos), que terá o auxílio da Fiocruz em relação à tecnologia.
”Esse é um fato inédito porque estaremos desenvolvendo a vacina em tempo recorde, porque já havia uma base científica e tecnológica na própria Fiocruz e na Universidade de Oxford, a partir de pesquisas. É uma esperança que vem da ciência”, disse Nísia.
A presidente da Fiocruz também comentou o preço da vacina, que, segundo ela, precisa ser vista como um bem público.
”É importante que a vacina sairá a um custo de dose em torno de R$ 16, e que isto é possível porque estamos seguindo a orientação da farmacêutica, de que neste momento da pandemia a vacina tem de ser vista como bem público. Essa também é a defesa que fazemos para o nosso Sistema Único de Saúde”.
Por fim, Nísia também fez questão de ressaltar que, embora a vacina seja o ponto chave no combate à Covid-19, a imunização precisa ser tratada em conjunto com outros elementos importantes, como a higienização constante das mãos, utilização de máscaras de proteção e o distanciamento seguro.